Nasceu na sexta-feira, dia 13 de dezembro de 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12km da área urbana de Exu (extremo oeste do estado de Pernambuco, a 610 km do Recife, a 69 km de Crato (Ceará) e a 80 km de Juazeiro do Norte, CE).
Foi o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga do Nascimento, conhecida na região por ‘Mãe Santana’, e oitavo de Januário José dos Santos do Nascimento. O padre José Fernandes de Medeiros o batizou na matriz de Exu em 5 de janeiro de 1920.
Deveria ter o mesmo nome do pai, mas na madrugada em que nasceu, seu pai foi para o terreiro da casa, viu uma estrela cadente muito luminosa e mudou de ideia. Era também o dia de Santa Luzia e também mês do Natal, o que explica seu nome, "Luiz",que foi dado em homenagem a Santa Luzia, a estrela cadente e ao natal. Este nome tem tudo a ver com a época que nascera, e quer dizer "brilho, luz".
A cidade que nascera fica ao sopé da Serra do Araripe, e inspiraria uma de suas primeiras composições, "Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão; também consertava o instrumento. Foi com ele que Luiz aprendeu a tocá-lo. Não era adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil.[4] O gênero musical que o consagrou foi o baião.[2] A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, composta em 1947 em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, Luiz teve sua primeira paixão: Nazarena, uma moça da região. Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro, pois ele não tinha instrução, era muito jovem e sem maturidade para assumir um compromisso. Revoltado com o rapaz, ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazarena namoraram por meses escondidos e planejavam casar-se. Januário e Ana, pais de Luiz, lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça sem a permissão da família dela, e ainda mais por Luiz tê-la desonrado: Os dois disseram isto propositalmente, com o intuito de serem obrigados a se casar. Na época, a moça tinha que casar virgem e se houvesse relação sexual antes do matrimônio o homem era obrigado a casar-se ou morreria. Nazarena revelou ao pai o ocorrido e foi espancada por ele. Por sorte Nazarena não engravidou de Luiz. O Coronel Raimundo ficou enfurecido e tentou matar Luiz, que o enfrentou na luta. Raimundo revela que, mesmo desonrada, iria arrumar um casamento para a filha com um amigo mais velho que já sabia da situação dela, ou a internaria num convento, mas com Luiz ela não se casaria. Revoltado por não poder casar-se com Nazarena, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga saiu de casa e ingressou no exército no Crato. Durante nove anos viajou por vários estados brasileiros, como soldado, sem dar notícias à família. A partir de então passou a se relacionar com diversas mulheres, mas sem compromisso de namoro.
Discografia
1951 — Olha pro Céu
1954 — A História do Nordeste
1954 — Luiz Gonzaga e Januário
1956 — Aboios e Vaquejadas
1957 — O Reino do Baião
1958 — Xamego
1961 — Luiz "LUA" Gonzaga
1962 — Ô Véio Macho
1962 — São João na Roça
1963 — Pisa no Pilão (Festa do Milho)
1964 — A Triste Partida
1964 — Sanfona do Povo
1965 — Quadrilhas e Marchinhas Juninas
1967 — O Sanfoneiro do Povo de Deus
1967 — Óia Eu Aqui de Novo
1968 — Canaã
1968 — São João do Araripe
1970 — Sertão 70
1971 — O Canto Jovem de Luiz Gonzaga
1971 — São João Quente
1972 — Aquilo Bom!
1972 — Volta pra Curtir (Ao Vivo)
1973 — Luiz Gonzaga
1974 — Daquele Jeito...
1974 — O Fole Roncou
1976 — Capim Novo
1977 — Chá Cutuba
1978 — Dengo Maior
1979 — Eu e Meu Pai
1979 — Quadrilhas e Marchinhas Juninas, vol. 2 — Vire Que Tem Forró
1980 — O Homem da Terra
1981 — A Festa
1981 — A Vida do Viajante — Gonzagão e Gonzaguinha
1982 — Eterno Cantador
1983 — 70 Anos de Sanfona e Simpatia
1984 — Danado de Bom
1984 — Luiz Gonzaga & Fagner
1985 — Sanfoneiro Macho
1986 — Forró de Cabo a Rabo
1987 — De Fiá Pavi
1988 — Aí Tem
1988 — Gonzagão & Fagner 2 — ABC do Sertão
1989 — Vou Te Matar de Cheiro
1989 — Aquarela Nordestina
1989 — Forrobodó Cigano
1989 — Luiz Gonzaga e sua Sanfona, vol. 2
Artigo Completo em https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Gonzaga